“Meme” das atitudes eco-conscientes
A Regina me convidou para participar da “meme” das atitudes eco-conscientes, criada pela Lúcia Malla, Denise e Allan, do excelente blog coletivo Faça a Sua Parte. Devo descrever algumas atitudes que sejam “eco-conscientes” . Receio estar muito longe de ser um modelo e confesso que tenho sentido que deveria contribuir muito mais do pouquíssimo que faço, porque, como sabemos, a situação está crítica. De qualquer forma, vamos lá:
- Transporte. Temos apenas um carro que usamos muito pouco. Nosso carro é pequeno e bem econômico. Ainda que eu tenha muito medo da violência, minha filha de 16 anos usa transporte coletivo com muito mais freqüência que suas amigas. O resultado é que não poluímos tanto o ar com dióxido de carbono, um dos principais contribuidores para o aquecimento global.
- Lixo. Há anos separamos tudo que é de plástico e de vidro para o “Lixo que não é lixo”, parte de um programa de reciclagem bem sucedido da minha cidade.
- Alimentação. Em casa, sempre comemos frutas e verduras orgânicas. Quem me conhece, me acha bem “natureba” com relação a alimentação. Nunca permiti que as meninas tomassem refrigerantes e só bebemos água ou suco natural. Quando eu tinha mais tempo, fazia broa integral, ricota e iogurte. Além de incentivar hábitos alimentares saudáveis, eu não usava tantas embalagens plásticas. Meu marido acabou se rendendo e, hoje em dia, come menos carne e adora saladas. Fazemos saladas com nozes, frutas e queijos, que ficam muito gostosas. Na medida do possível, reaproveitamos os alimentos que não consumimos na refeição anterior. Fora isso, planto temperos e couve. Temos também um limoeiro que rende limonadas bem fresquinhos no verão.
- Flores. Adoro ter flores na minha casa e, ao invés de comprá-las de grandes produtores que usam agrotóxicos, eu aproveito as minhas. E cultivo o meu jardim.
- Ética. Sou professora de literatura. Nas minhas aulas e pesquisas tenho uma postura política, ou seja, sempre levanto questionamentos ideológicos sobre os textos que analiso. A ecocrítica é um exemplo de como podemos repensar o texto literário a partir do meio ambiente. Pode parecer ínfimo mas requer que o aluno (e que o professor!) assuma uma postura crítica sobre o assunto. Acredito firmemente que uma mudança de comportamento se efetua a partir de uma reflexão ética. Esse é um dos conceitos principais que Al Gore advoga em Uma verdade invonveniente. Uma pequena contribuição minha pode ser lida nesse post aqui. É o post que recebe mais visitas no meu blog e fico muito feliz por isto.
Os meus pecados ecológicos são muitos e alguns são terríveis. Por exemplo, tenho usado muiiiito papel para imprimir os capítulos da minha tese que estão sendo freqüentemente revisados por mim e pela minha orientadora. Não consigo revisar textos longos no computador. Já tentei e não adianta.
Outro problema é o nosso excessivo consumo de eletricidade, apesar de usarmos lâmpadas econômicas e de não termos ar condicionado. Pelo menos dois computadores ficam ligados 24 horas por dia e a nossa conta é bem alta.
Agora convido a Edelize , a Laura e a Raquel para participar.
Atualização: O blogue “Faça a sua Parte” mantém uma lista atualizada com os links de todos que estão participando. Clique aqui para ver.
Fevereiro 16, 2007 às 4:34 am
Boa iniciativa.
Se os pecados são só esses, não está nada mal… 🙂
Fevereiro 16, 2007 às 11:55 am
Também participei e acho importante as pessoas conversarem sobre esse tema. Acho legal a sua postura ética porque acredito que a ecologia se dá em relação ao meio ambiente, às outras pessoas e a nós mesmos. Bjs
Fevereiro 16, 2007 às 4:17 pm
JN,
Não lembrei de todos os pecados na hora que escrevi. E alguns são terríveis mesmo!!
Fevereiro 16, 2007 às 4:19 pm
Lili,
Concordo. A iniciativa é bem válida porque leva à reflexão. Só isso já é bem legal.
Também entendo que a ecologia se extende ao “ambiente pessoal” pessoal também.
Bjs e bom carnaval!
Fevereiro 16, 2007 às 9:42 pm
Cris, farei a minha confissão em público, pensarei direitinho e temo ser uma pecadora. Vamos ver…
Sabe, fiquei super emocionada com o post à Karina. Meu marido foi professor aí, e também teve experiências onde a turma o achou muito exigente, e decidiu mudar, ou ficar contra a vontade. No meu ponto de vista, isto só acontece com bons professores (well, leaving the bias aside). Professores como você exigem pois conseguem ver à frente, entendem os benefícios e importância de certos temas, e são aqueles que conseguem despertar nos alunos a paixão pela profissão que irão seguir um dia (e digamos que isto é um dom de poucos). Boa volta às aulas e bom carnaval (oh saudades do feriadão de carnaval!) Beijocas
Fevereiro 16, 2007 às 11:26 pm
Edelize,
Eu resolvi me concentrar nas atitudes positivas e apenas mencionei 2 dos meus muitos pecados ecológicos. Na realidade, a “meme” é para você descrever 3 atitudes eco-conscientes. Nada mais.
Enfim, sobre a questão de ser professora. A coisa não é fácil mesmo e é por isso que eu escrevi aquele post para a Karina. Ela ficou na minha memória como a aluna ideal. Sei que vai ser raro encontrar outro aluno como ela…
A tristeza é que a maioria quer sombra e água fresca. Quer paparicação dos professores que têm receio de contrariar os alunos e ministram aulas “legais” e “divertidas”, contando piadas.
Hehe. Nada contra piadas, mas há um limite p/ tudo.
O meu feriado vai ser em casa mesmo. Nada especial. Vou deixar o especial para daqui umas semaninhas. Eu e meu marido estamos querendo viajar para celebrar o nosso anniversary!! 🙂
bjkas e tudo de bom p/ vcs aí na Land of Down Under.
Fevereiro 17, 2007 às 6:21 pm
Cris,
Obrigada por continuar o meme. Eu sempre aprendendo lendo sobre as experiencias de outras pessoas.
Eu achei bom voce mencionar que Curitiba e’
um exemplo para o Brasil. Nao e’ bairrismo nao. E’ verdade. Eu acho que a sua cidade tem um sistema de transporte publico bem eficiente, e’ uma cidade arborizada (com areas verdes urbanas como as que vemos por aqui e pela Europa) e tem um sistema de reciclagem excelente. E’ um exemplo nao so para o Brasil, mas tambem para outras partes do mundo. Muita gente que eu conheco por aqui – quando eu falo que a minha irma mora em Curitiba – comenta sobre as qualidades da cidade. E’ tao bom ouvir alguem falando sobre esse outro lado de uma cidade brasileira que nao tem a ver com assalto, praia, carnaval, futebol e “mulher.” Voce nem imagina!
Achei legal a ideia de usar as flores do proprio jardim. Eu vou ver se animo nessa primavera.
Achei muito interessante tb o ponto que voce acrescentou sobre a etica.
Quanto aos pecados, nos tb usamos muuuiiito papel aqui em casa porque os meus filhos adoram desenhar. Eu sempre compro papel reciclado, mas ainda assim…
Eu tb acabo adormecendo e as vezes esquecendo de desligar o computador.
Beijocas, querida
Regina
Fevereiro 18, 2007 às 4:10 pm
Regina,
Fiquei relutante em mencionar Curitiba aqui no blog por vários motivos. Mas vc está cheia de razão: a cidade é um ótimo exemplo p/ o Brasil. Eu nunca vivi numa cidade com tantos parques. Na realidade, Curitiba tem mais parques do que a grande maioria das cidades nos EUA. Moro pertíssimo de 3 grandes parques, todos com bosques grandes, que alcançamos facilmente a pé. É um privilégio. No entanto, a violência está crescendo na medida em que a cidade cresce, algo inevitável.
Espero que vc se anime p/ cultivar flores no teu jardim. Dá um prazer enorme vê-las crescendo e se embelezando. Se eu tivesse ficado aí, o meu jardim seria um dos meus grandes prazeres. Plantaria rosas e mais rosas, que crescem maravilhosamente aí. Estou lembrando do lindo rose garden que fomos em Berkeley. 🙂 E lavandas, também, claro.
Sabe que tenho pensado em usar papel reciclado p/ a minha impressora? Vou procurar porque aqui em casa todos imprimimos sem pensar duas vezes.
Qto ao computador, o Bill é o pior mesmo. Aliás, ele deixa luzes ligadas, etc. Eu vou atrás, desligando tudo!!!!
Bjs. Saudades das flores lindas da tua terra. 🙂
Cris
Março 26, 2007 às 1:42 am
Boa Noite…
Passando para conhecer.
Belo texto.
Beijos e fica com Deus.
Dezembro 5, 2007 às 5:10 am
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