Em “Outras” palavras…

Agosto 5, 2007

Em “Outras” palavras…

Uma das vantagens que encontro em ser professora é que, mais do que ensinar, acabo, muitas vezes, por aprender. Principalmente quando estou preparando cursos diferentes. É o caso da minha nova disciplina do curso de mestrado: “Linguagens da Alteridade” — tenho lido muitos livros teóricos que me levam a refletir sobre vários aspectos interligados com questões da alteridade. A minha dinâmica de preparação é mais ou menos assim: vou, aos poucos, compilando tudo no meu HD e as idéias vão se delineando e tomando forma, aos poucos se configurando — por força da necessidade — num formato de “curso”. Não pensem que é coisa rápida: eu fico no início, para variar, como uma barata tonta (ou uma headless chicken, vide o post abaixo), ainda mais porque o conceito de alteridade é muito amplo. Portanto, eu pretendo fazer um recorte restrito que permita que os alunos re-pensem questões de gênero e do póscolonialismo, ambos termos igualmente abrangentes e que serão problematizados à medida que os alunos forem fazendo suas leituras. Os teóricos que eu selecionei são, muitas vezes, contraditórios e refletem bem a condição complexa dessas duas categorias de análise.

Ainda que alguns professores optem por analisar apenas textos teóricos, eu sempre acho proveitoso associar a prática à teoria. De forma que cada aluno terá a opção de desenvolver suas análises a partir de um texto ou filme que se preste para ser articulado dentro de algum aspecto da alteridade.

Enquanto eu vou lendo, vou pensando aqui com os meus botões como as linguagens da alteridade permeiam as nossas relações de uma forma inexorável. Mais do que mostrar aspectos de diferença imbricados em identidades diversas da minha, sobretudo revelam algumas características próprias à minha pessoa, feito um espelho… É por meio do Outro que nós nos definimos — uma verdade, por vezes, surpreendente.

Nesse mundo cada vez mais sem fronteiras, as categorias se complexificam, justamente por se diluirem.  Há muitos tipos de identidades — identidades que se formam e se rompem, apenas para encontrar outras formações; outras que se  fixam e se radicalizam em suas subjetividades.   Estas últimas gravitam ao redor da “tradição“, tentando recuperar a pureza e a cômoda “certeza” de suas formas culturais. Por outro lado, a noção de “tradução” é mais interessante porque pressupõe que as identidades estão sempre em formação e sujeitas às “intempéries” socio-culturais e, assim sendo, aceitam a possibilidade de negociar com outras culturas, se situando num ambiente “híbrido” ou,  num “entre-lugar”, segundo Antonio Candido.

A idéia de ser um “ser humano traduzido” é cada vez mais aceita (e muito benvinda!) num mundo globalizado onde culturas diferentes colidem e, com uma certa boa vontade e uma dose mínima de humanidade, co-habitam. É bom lembrar que o verbo traduzir vem do latim e significa “transferir, transportar entre fronteiras”.

  globalization.png

Imagem: Google Image.

32 Respostas to “Em “Outras” palavras…”

  1. laura Says:

    Cris, minha querida, não se desculpe por não me visitar sempre, eu tb não venho aqui muito, mas sempre gosto qdo venho.
    E saiba que a gente incomoda mta gente, acho que é o teor, a profundidade- hoje uma me disse que eu não sou humilde, que eu só conto vantagem lá hihihi
    estes dias alguém fez comentários indelicados lá- que cometo errinhos, que não cito autorias… imagine.
    Há mta inveja por aqui, pode crer.
    ai ai
    Bom, ‘c’est la vie”…
    Este assunto é fascinante- alteridade e difícil. Estou estudando Lacan
    ufa!, é difícil, o homenzinho.
    Bjs querida, laura

  2. cris s Says:

    Laura,

    Eu não tenho tido muito tempo para escrever no blog e, para falar a verdade, não quero dar mais do meu tempo à blogosfera do que ela merece. A minha atitude é a seguinte: se eu notar que o blog está me dando mais trabalho do que deveria, largo mão. Não vou ficar me alugando.

    Quanto ao homenzinho, o Monsieur Lacan, já fiz algumas investidas sem sucesso. Ainda bem que não sou psicanalista pois ia ter que estudar anos p/ entendê-lo.

    beijocas.

  3. Gi Says:

    Gostei do “entre-lugar”, Cris. Realmente, eu teria que ler esses novos autores, enfim, porque esse assunto me deixa um pouco com a pulga atrás da orelha. Talvez porque ele mesmo já guarde essa característica ou a “pulga”, enfim. Queria assistir à sua aula. Teria que ir pra Curitiba e passar no mestrado… ;-))

  4. Gi Says:

    Ops, eu de novo; lendo o comentário de vocês aí em cima, me deu curiosidade de ler alguns livros de Lacan. Que pecado mortal pra mim que adoro Psicanálise. Mas estou perdoada: não sou analista. ;-))

    Sobre blogs: concordo contigo, Cris. Eu tenho uma relação bem mutável e saudável com isso, mas já tive stress no ano de 2004. Quando me dá na telha, termino e quando me dá vontade, recomeço e assim vai. A vida real já é muuuuito complicada… como bem lembrou minha colega virtual, a francesa Audrey. Falar nisso, a senhorita levou um prêmio meu lá no “Atemporal” – pelo conjunto da obra. ;-)) São essas invenções de prêmios passa-passa. E como gosto muito daqui, nem pensei duas vezes em dar pra você e para outras 4 blogueiras.

    Bonsoir. 😉

  5. Ana Lucia Says:

    Também vou adorar saber das novidades por aqui Cris. Eu abandonei um pouco os trabalhos sobre alteridade, mas usei bastante o Todorov e até o E. Said, H. Bhabha e também gostava da Mary Louise Pratt. Acho ótimo que você deixe esse espaço pra análise de uma obra literária ou filme. Eu uso muito filmes e documentários nas minhas aulas, no mestrado você pode ir bem mais a fundo e os alunos participam bem mais.
    Beijocas e boa semana.

  6. cris s Says:

    Gi,
    Eu conheço alguns psicanalistas que não gostam e/ou não entendem o Lacan. Eu já li várias coisas e acho o ‘homem’ bem complexo.

    Que pena que você não mora aqui: te convidaria para assistir algumas aulas (je ne plaisante pas!).
    Acho que o negócio do blog espelha a vida real só que aqui as pessoas te conhecem muito superficialmente e podem construir idéias muito erradas do que você realmente é. Podem ser relações muito frágeis e complicadas, especialmente se você não é uma pessoa tolerante.

    Ei, obrigada pelo prêmio!! Sinto-me honrada! Vou dar uma passada lá p/ ‘recebê-lo’.

    Beijocas

  7. cris s Says:

    Ana,
    Você dava o “The Conquest of America” nas tuas aulas? Eu gostei muito do livro! O Said e o Bhabha são presenças confirmadíssimas no meu curso! Outra pergunta, que livro/textos vc dava da M. Louise Pratt? O “Imperial Eyes”?? O problema é que tenho que dar os textos em português. Os alunos não são obrigados a ler em inglês. Eles têm que conhecer outra língua e muitos sabem espanhol e alguns francês… De forma que eu, infelizmente, não posso privilegiar o inglês e nem as literaturas de língua inglesa. Tivemos uma reunião sobre isso e entra bem na questão imperialista…

    Eu vou sim dar alguns filmes, ainda estou escolhendo. Não lembro de nenhum documentário. Se você tiver alguma sugestão, eu aceito de bom grado!! As aulas do mestrado começam semana que vem.

    beijocas

  8. Ana Lucia Says:

    Cris vou pensar aqui e te envio um e-mail sobre os filmes. A gente devia fazer um blog pra isso !
    Tenta dar uma olhada nos documentarios do Verger. Tem um sobre ele, Passageiro entre dois mundos. Tem um documentario sobre o Darcy Ribeiro…mas esse eu nao aconselho pro mestrado, porque é uma visao totalmente idealizada do Brasil, reforça o mito das três raças…

    Eu usei esse autores na tese em hist. da arte, o Todorov eu usava em francês…mas os outros em inglês. Felizmente em português tem bastante coisa traduzida…Qdo dou as aulas em francês é um sofrimento, os alunos rejeitam os textos em inglês e em alguns casos você nao acha nem um textbook que preste em francês. Ai eu adoto o livro em inglês e mesmo se eles deveriam ler em inglês, eles reclamam…do lado anglofono é a mesma coisa, muitos nao sabem nem ler em francês…bilinguismo uma ova !

    beijocas

  9. Raquel Says:

    Pôxa, adorei o texto! Essa discussão é tão tão interessante, afinal, nós somos os outros dos outros….

    Cris,

    você já viu um filme chamado “Um herói do nosso tempo”? É sobre o êxodo de judeus etíopes, no começo dos anos 80, que para fugir do governo tentavam emigrar para Israel. Eles tinham que sair da Etiópia, ir até o Sudão e chegar a Israel. Bom, a trama gira em torno de um menino a quem a mãe ensina a fingir ser judeu, para que ele posso conseguir asilo em Israel. Ele é separado da mãe e adotado por um família israelense de origem francesa, e tem que se adaptar não só a vida em país novo, cultura nova, etc, etc, mas viver aquela mentira de ser alguém que ele não é, nem nunca foi.

    Em locadora você deve encontrar fácil.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Live_and_Become

    Esse documentário do Darcy que a Ana Lucia falou eu vi na faculdade, achei um horror.

    Bjs bjs

  10. cris s Says:

    Ana,
    Hehe, a idéia do blog até que não é nada má!!
    Vou tentar encontrar esse documentário do Verger… será que é fácil?

    Eu tô gastando os tubos c/ livros que eu já tinha em inglês por conta de ter que ser em português… que coisa, viu? Esse povo tinha que ler em inglês, né? Nível de mestrado? É que daí entram bem as questões que eu própria vou tratar: a questão da cultura/língua dominante, etc. Agüente.. So much for bilingualism, como vc diz!!
    Obrigada pela ajuda. Se lembrar de algo me fala?
    beijocas

  11. cris s Says:

    Raquel,
    Eu fico muito orgulhosa de conhecer umas blogueiras descoladas e cultas como você e a Ana!! Vou tentar encontrar: tenho uma pilha de coisa p/ assistir e ler no fim de semana… Tô ficando tonta.
    Super obrigada!! E se lembrar de outro volta aqui, tá?? 🙂
    beijocas

  12. cris s Says:

    Raquel e Ana,

    Vocês, por acaso, assistiram o filme “The Namesake”, baseado no romance homônimo da Jhumpa Lahiri? Em português é “O xará”. Eu tô com o romance (em português) aqui p/ ler. Acho que ele é bem adequado a minha proposta. Mas tem tanta coisa… E eu tenho que decidir tudo (ou dar a impressão) até semana que vem…ai,ai,ai.
    bjs

  13. Ana Lucia Says:

    Cris nao assisti esse filme nao…eu tô aqui arrancando os cabelos também, deus me dê forças pra conseguir arcar com a quantidade de trabalho, afe…Diz ai o que vc quer exatamente, dai eu posso pensar e fuçar por aqui. beijocas.

  14. cris Says:

    oi, cris. que assunto interessante esse que você está desenvolvendo. ano passado eu apresentei uma comunicação no congresso nacional de identidades aqui da PUC/RJ e usei o conceito de ‘necessidade antropológica’ de wittgenstein pra embasar a análise. não é muito a minha praia, mas achei que ficou bem legal. não deu pra publicar porque a orientadora e co-autora estava, como sempre, correndo. mas um dia quero trabalhar um pouco mais no paper e quem sabe publicar. também tô na maior correria e me sentindo uma headless chicken por conta de um curso nesse semestre. eu vou ter que ministrar aulas de fonética e fonologia da língua inglesa. nada mais distante do meu mundo do que isso. bom, desafios podem ser legais, né? bjs e força na peruca, babe! =]

  15. cris Says:

    ah, e eu adoro a lahiri, mas esse filme eu nunca ouvi falar. gosto muito dos contos dela daquele livro ‘interpreter of maladies’. ‘a temporary matter’ é meu favorito. bjim

  16. Cris S. Says:

    Ana,
    Não se preocupe: eu encontrei e já encomendei (=mais grana!) “o mensageiro entre dois mundos” do Verger. Se console: tô arrancando os cabelos aqui também. Nem te conto…
    Se vc lembrar de algum filme/livro enquanto vc estiver fazendo as tuas coisinhas, me escreve. Agora preciso organizar tudo (a pior parte).
    Força aí!!
    beijocas

  17. Cris S. Says:

    Cris,
    Pelo jeito, as professoras blogueiras que eu conheço tão feito eu! Algum consolo. Abrimos um galinheiro de headless chickens!

    Pensei agora: você gostaria de submeter o teu artigo p/ a revista da universidade onde eu dou aulas no mestrado? Eles estão aceitando artigos e eu conheço a comissão editorial. O título é Scripta e ela está bem divulgada no Brasil. Tem outra revista online na qual eu sou parte da comissão. Pensa aí.

    Eu tenho o livro de contos “the interpreter …” da Lahiri. Fiquei um pouco decepcionada p/ falar a verdade (porque ela está bem celebrada por aí), gostei de alguns e de outros nem tanto. Tem um que eu gostei especialmente que é sobre a relação platônica que se estabelece entre um taxista (na India?) e a mulher (casada) americana. Será que é o “a temporary matter”? Achei muito legal mesmo!

    bjs

  18. Raquel Says:

    Cris,

    não vi o filme não, esteve em cartaz aqui, mas, atolada como sempre, não deu. Como pretendo fazer uma maratona de DVD esse fim de semana por aqui, se tiver na locadora eu pego e te conto.

    Olha, tem um filme que talvez sirva, embora eu eu ache o livro muito melhor, que é o “The Joy Luck Club” (“O Clube da Felicidade e da Sorte”), da Amy Tan. O livro é ótimo, são duas gerações, mães chinesas que imigraram para os Estados Unidos em diferentes circunstâncias e as filhas, divididas entre duas culturas e tentando achar seus espaços. No livro há bastante discussão sobre as questões da alteridade, do pertecimento, no filme é mais fraco. Também tem em locadora, se você quiser dar uma olhada.

    Outro é o “Dias de Glória” (“Índigenes”), que é uma co-produção França/Marrocos/Argélia sobre os milhares de soldados das colônias francesas do Magreb e da África Negra

    Será que seus alunos não querem ler em inglês para não ter que gastar com os livros, que são bem mais caros? Eles com certeza sabem ler em inglês…

    Bjs e vou pensando em outros filmes, etc (tem um que quero lembrar e não consigo

  19. Raquel Says:

    Ooops, apertei o botão errado.

    Outro é o “Dias de Glória” (”Índigenes”), que é uma co-produção França/Marrocos/Argélia sobre os milhares de soldados das colônias francesas do Magreb e da África Negra que lutaram ao lado dos franceses na Segunda Guerra Mundial. Muitos deles tomam parte na guerra porque se sentem parte da pátria-mãe, mas obviamente não são tratados como tal. A discussão da identidade permeia o filme o tempo todo, mas, como é filme de guerra, me parece meio violente para a sala de aula. Talvez você possa citar como filmografia de apoio para seus alunos, se você achar que deve.

    Bjs

  20. Raquel Says:

    Ah, sim, sou descolada não!
    Descolada são vocês, que têm mestrado, doutorado são bilíngües, trilíngües. 🙂

    Bjs

  21. cris s Says:

    Raquel,

    Não precisa ter doutorado p/ ser descolada. Você é, ponto.

    Obrigada pelas dicas. Já viu o que vou fazer esse fim de semana, né? Tô ficando mais tonta ainda… E os livros continuam chegando. Juro que agora perdi a noção da prioridade….

    Obrigadíssima, querida.

    bjs

  22. cris Says:

    cris! que idéia bacana, super topei! vou te mandar um email, então. hoje eu peguei os livros pro curso de phonetics lá na PUC; mal consegui carregar tudo, hehehe. obrigada pela força, querida. me aguarde na sua caixinha de entrada. bjs

  23. cris Says:

    ah, esqueci: o conto da jhumpa. não, não é esse que você citou. ‘a temporary matter’ fala de um casal num processo de separação depois que a mulher perde um bebê. triste, triste. esse semestre no curso de ‘academic writing’ sugeri que os alunos escrevessem um essay sobre o conto. eles nem conheciam a autora, mas alguns trabalhos ficaram bem legais. bjins

  24. cris s Says:

    Cris,
    Pode enviar que eu submeto para a comissão editorial.

    Ah, eu li “A temporary matter”, então. É um bom conto. Agora, aqui entre nós… A Jumpha Lahiri até ganhou o Booker Prize pelos contos. Tem coisas melhor por aí. Me intriga. O Mia Couto é bem melhor (claro que ele não concorre p/ o Booker p.q. não escreve em inglês).

    beijos

  25. Ana Lucia Says:

    O filme Indigènes eu ainda nao vi mas é uma boa pedida ! eu vou olhar se eles tem na biblioteca aqui. E você pode acompanhar todo o debate que houve em torno desse filme, porque foi bem na época que tava rolando aquela discussao sobre o passado colonial da França, queriam passar uma lei reconhecendo o papel positivo da colonizaçao.

    Tem o filme brasileiro “Hans Staden” que eu nao vi, mas que você poderia usar com o relato dele do séc. XVI, acho que em português é Viagem ao Brasil…

    O resto das minhas dicas estao muito “latinas” e historicas, mas se algo mais vier à cabeça eu apareço 🙂

    Beijocas

  26. Ana Lucia Says:

    Cris eu tava vendo que o livro do Paul Gilroy, Black Atlantic, é traduzido em português, talvez seja uma boa dica pra acompanhar o filme do Verger. E tem um documentario de 1998, intitulado Atlântico Negro também, que tah no youtube, eu vou postar lah no blog.

  27. cris s Says:

    Ana,

    Tô aqui tentando dar conta de mil textos q tenho que dar… sei lá, acho que a lista já tá imensa… já não sei o q pensar…. quer dar uma olhada na Ementa e opinar?? hehe. Não, o hehe é de nervoso, o negócio tá sério mesmo. Se puder/quiser dar uma olhada e dar um parecer bem rápido.. eu mando. Tá incompleto, claro.
    😦 E eu com uma p* de uma sinusite p/ completar. Ana, obrigada por tudo e pelas dicas. Daqui a pouco começo ver o documentário do Verger e te digo. Não sei se cabe o Black Atlantic agora. Obrigadadíssima, chérie.
    beijos

  28. Ana Lucia Says:

    Cris se vc quiser mandar, manda sim, eu olho e te dou um retorno hoje. Beijocas e tudo vai dar certo !

  29. Ana Lucia Says:

    Jah respondi 🙂 Adorei !

  30. Regina Says:

    Cris,

    Nao sei se vc ainda vai ler esse comentario. Estou super atrasaaada.

    Super interessante o topico dessa aula. Adorei a ideia do ser humano traduzido. Eu acho que com a globalizacao e com o aumento do numero de pessoas vivendo entre duas ou mais culturas faz com que a questao de identidade se torne mais flexivel, mais elastica, if you will.

    Eu adoraria ver a Ementa (sylabus?) via e-mail. Parece super interessante e eu adoraria ver as dicas.:-)

    Acabei de ler o livro Infidel de Ayaan Hirsi Ali, uma mulher da Somalia que fugiu para a Holanda quando o pai tendo casa-la a forca E’ uma memoir. Muito bom! O livro conta a vida dela desde o nascimento na Somalia, em meio a uma familia fundamentalista mulcumana, ate’ sua ascencao ao parlamento holandes.

    PS: Adorei o galinheiro de headless chicken. May I join?

    Bjs.

    Regina

  31. cris s Says:

    Rê,
    Sim, a ementa é syllabus e já enviei. Aguardo os teus comentários. Os alunos estão gostando e eu também!!

    Adoraria ler o livro Infidel e acho que uma memoir poderia ter entrado muito bem na minha proposta da disciplina. Só que agora não dá mais tempo e nem todos os alunos lêm em inglês, o que é uma grande pena.

    Vamos abrir um galinheiro?? Que tal? Welcome to the club!

    beijocas


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