Archive for Março, 2008

this week’s mandala.

Março 25, 2008

Make no mistake about it: I’m not by any means an expert! I simply heard that the right mandala for you is the one you fancy. In Budhism, green symbolizes action, balance and harmony. So there you go, green, greener, greenest: this week’s mandala.

Source: Google images.

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Jardim, até que enfim.

Março 16, 2008

Quem vez por outra passa aqui, já deve ter lido alguns dos posts sobre as minhas flores. Eu já escrevi bastante (principalmente aqui e aqui) sobre as minhas queridas lavandas, contei sobre os seus talentos e encantos e declarei minha preferência pelas belezuras. Só que já faz um bom tempo que eu não toco no assunto e, geralmente se eu paro de falar sobre algo que eu usualmente falava, é porque algo aconteceu. Enfim, indo direto ao ponto: as minhas lavandas, não sei porque cargas d’água, deram pouquíssimas flores e estão secando. Acaba que eu vou ter que revisar tudo o que eu falei delas. Não que eu tenha mudado de idéia, mas pelo menos agora eu sei que a lida com a lavanda não é tão fácil assim. Talvez eu tenha plantado essas mudas na época errada, talvez eu tenha regado muito no início, talvez eu tenha posto algum adubo que elas não gostem, não sei, o fato é que algo aconteceu. Eu juro que não vou desistir das lavandas, afinal, como poderia, com aquele perfume que me encanta e com aquelas flores pequenas, rústicas e absolutamente lindas que alegram qualquer ambiente. O negócio é o seguinte, pequenas lavandas: a vida continua enquanto eu fiz tudo para que vocês sobrevivessem, sabe como é, o capim cresce, as trepadeiras continuam aumentando freneticamente e as rosas…., pois é, as rosas.

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A rose is a rose is a rose is a rose (Gertrude Stein) 

O problema é que rosas são flores que não primam pela modéstia, adoram se mostrar. E as da foto aí de cima então quando se deram conta que as lavandas estavam mais pra lá do que pra cá, já viu, se aproveitaram… Nunca vi florescer tanto! Tem vezes que o roseiral tem mais de 10 rosas, todas lindas, perfeitas, do jeito que só as rosas conseguem ser perfeitas. Quando os pequenos botões florescem, nossa que perfume incrível! Eu fico pensando que os botões ‘guardam’ o perfume para poderem revelar toda a sua beleza quando finalmente se tornam rosas. Ocorre que, querendo ou não querendo, o ciclo das rosas logo vai entrar num período dormente: tenho que podá-la no outono para que ela se fortaleça para a primavera. Enfim, se precisa de poda, poda terá. Quanto às lavandas, sinto dizer mas terei que substituí-las por outras. Talvez tenha que aguardar até a primavera, veremos.

Mas vamos à mais recente atração do jardim:

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São as nossas mudas de galangale, o gengibre que trouxemos na Tailândia! Pois é, depois de comer aquelas delícias todas e de descobrir que é quase impossível de fazer pratos tailandeses sem essa raiz, decidimos importá-la para o Brasil na nossa mala. O resultado é que já temos dois vasos com nossos preciosos gengibres asiáticos. Espero que eles continuem a mostrar a força e energia que tem mostrado até agora. É que nossos pequenos tailandeses não sabem o que lhes espera aqui no nosso inverno. Por enquanto eles são bebês e estão em vasos e logo teremos que transportá-los para a terra. Tenho pensando, no entanto, em talvez plantá-los em vasos grandes para somente na primavera, quando eles estarão bem maiores e fortes, levá-los para fora definitivamente. Vamos ver. O fato é que todo dia vamos fazer uma visita aos nossos tailandeses que até já ganharam apelidos: um, por conta de ter crescido incrivelmente rápido e ser magro e algo, ganhou o nome de Empire State Gally e o outro, por ter se desenvolvido em dois, se chama de Twin Towers. Nada muito criativo, mas e daí? O mais legal é imaginar que conseguimos trazer um condimento que não existe no Brasil e que nem mesmo os restaurantes tailandeses têm na versão natural, ainda que ele seja imprescendível para a culinária tai. Acontece que falou “tai”, eu arregalo os olhos. Então vida longa aos nossos pequenos tailandeses que, com a nossa ajuda para enfrentar o clima deste lugar — nada tropical — logo estarão assim:

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Coisas de domingo…

Março 16, 2008

Eu adoro os domingos porque quase sempre ficamos em casa e fazemos refeições juntos. Não me importo de fazer algo diferente para a família, os resultados sempre valem o esforço. Estava procurando alguma receita diferente desde quarta e, assim que bati o olho nesta receita da Nigella, sabia que tinha achado algo precioso. Eu havia provado pavlova poucas vezes, na Austrália e na Inglaterra, e lembro de ter gostado da consistência singular do merengue. De fato, ficou uma delícia e já foi aprovada como uma das receitas que devem ser repetidas muitas vezes! Então, mãos à obra:

Ingredientes:

I) Para a base do merengue:

6 claras

300 gramas de açucar de confeiteiro

3 colheres de sopa de cacao em pó peneirado

1 colher de chá de vinagre balsâmico

5o gramas de chocolate amargo picado fininho

II) Para a cobertura:

500 ml de creme fresco (eu usei uns 400 ml)

500 gramas de framboesa (eu usei menos porque não tinha o suficiente então completei com morangos)

2-3 colheres de sopa de raspas de chocolate amargo

Aqueça o forno na temperatura de 180C e forre uma forma redonda de mais ou menos 23cm de diâmetro com papel manteiga. Bata as claras na batedeira até que elas formem picos e então acrescente o açucar, colherada a colherada. Adicione o cacau em pó e o vinagre e por último o chocolate. Com uma espátula ou com uma faca espalhe a mistura na forma redonda formando um círculo liso. Coloque no forno e imediatamente reduza a temperatura para 150C e asse por 1 hora – 1:15, ou até se certificar com os dedos que está crocante nas extremidades e um pouco esponjoso no meio. Desligue o forno, mas deixe a pavlova permanecer lá para esfriar completamente.

Na hora de servir, vire a pavlova em um prato redondo. Bata o creme fresco até que fique bem firme e depois transfira-o para a pavlova, formando uma cobertura. Jogue as framboesas displicentemente, deixe algumas cairem em volta do prato. Por último, salpique as raspas de chocolate.

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Faça (é ultra fácil!) e depois me diga o que você achou. A consistência é algo fenomenal: a crosta crocante do merengue com o recheio esponjoso e a cobertura com o creme, a framboesa e as raspas de chocolate.  Eu sei que não é uma receita light, mas quem quer pensar em regime quando você está desfrutando o domingo com a família e os amigos? O gostoso mesmo é ver as carinhas de surpresa e alegria, os inequívocos “uuuummms” e os carinhos, agradecendo a sobremesa. Depois dessa delícia todo mundo — até mesmo eu — tem forças renovadas para começar a semana.

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A tênue e móvel fronteira entre o certo e o errado.

Março 13, 2008

E justamente por ser móvel e tênue, muita gente se aproveita. E você às vezes não sabe o quanto exigir. O errado é o errado, certo? Eu estou pensando no caso de hoje à tarde, o que era pra ser uma correção de uma monografia de final de curso, virou uma caça frenética de horas na internet. Logo no primeiro parágrafo, eu vi que não era o aluno que tinha escrito. Então, ele fez uma verdadeira colagem de idéias de ótimos artigos de sociologia da Scielo. Como encontrei? Selecionei alguns fragmentos e fiz uma busca no google, foi fácil, embora um pouco demorado  porque eu fui bem minuciosa. Não tem absolutamente um pingo de reflexão dele no que eu li, nem mesmo a idéia principal que é a questão do racismo nas universidades, um assunto extremamente pertinente e diretamento ligado à questões trabalhadas na disciplina que eu ministrei no ano passado. Eu ainda estou tentando acalmar o ânimo para poder escrever um e-mail sem aniquilar o sujeito.  A vontade é dizer “Fulano, saiba que se apropriar das idéias de outros é considerado um crime chamado plágio. Fulano, tente pensar, refletir e articular os teus pensamentos. Você pode, com um certo esforço. Só não pode, meu filho, é colar. Sabe?? É errado e feio, muito feio.  Ainda mais em um mestrado. Ah, a propósito, você tirou zero e reprovou na minha disciplina, tá?”

Agora o que não sai da minha cabeça é o desrespeito do sujeito no que tange a minha posição como profissional. Será que ele pensou que eu não iria desconfiar? Será que ele acha que vai sair impune? Ai, ai, ai…  Vou dormir no assunto, mas tenham certeza que este caso, para mim, tem um certo e um errado. Tudo claro assim, como preto e branco. Sem tênue, sem móvel.

Tell me why I don’t like Mondays

Março 3, 2008

Você também é assim nas segundas? Borocoxô, preguiçoso, e com uma sensação perturbadora que não vai dar conta de todos os afazeres que você tratou de esquecer na sexta e que se reaparecem subitamente, no minuto que você abre os olhos, na fatídica segunda-feira de manhã?  Esta sensação é chamada de Monday morning blues, ou depressão da segunda de manhã. De fato, eu sou uma negação de manhã, porém ao longo do dia vou recuperando minha energia. Ainda bem que as minhas segundas invariavelmente acabam com a certeza de que as terças serão melhores. E sempre são.

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Tão down são as famigeradas segundas-feiras, que alguns compositores já cantaram seus desgostos em músicas como “Rainy days and Mondays always get me down” (Carpenters) e “Tell me why I don’t like Mondays” (Bob Geldolf). Há também pesquisas que sugerem que as pessoas que sofrem de depressão da segunda geralmente dormem um pouco mais no fim de semana e, desta forma, perturbam seus ciclos do sono, que têm que normalizar na segunda. Eu discordo. Acho que o problema principal é saber que o fim de semana acabou e que a semana — toda — está pela frente.

O único consolo é lembrar que amanhã já não é mais segunda. Abaixo as segundas!